Esta Obra visa suscitar o interesse pela evangelização universal em todas as camadas do povo de Deus e promover nas Igrejas locais a ajuda, tanto espiritual, como material e o intercâmbio de pessoal apostólico.
BREVE HISTÓRICO
O contexto histórico missionário e cristão, no seu surgimento, não era favorável. A Igreja da França, que tantos missionários enviara e colaborou na evangelização, encontrava-se em momentos difíceis para a missão. Sofria as conseqüências da Revolução Francesa, das posteriores guerras napolitanas, dos movimentos laicistas e racionalistas: fechamento de seminários, dissolução dos institutos religiosos, paróquias sem pastores, empobrecimento do povo.
Mas este foi o ambiente e o momento escolhido pelo Espírito Santo para o despertar de um novo vigor missionário na Igreja, por meio da jovem Paulina Jaricot, filha de um fabricante de seda de Lião - França.
Paulina Jaricot (1799-1862), nasceu em Lião, França, filha de fabricantes de seda. Desde pequena entrou em contato com as missões na China e na Ásia oriental conhecendo suas imensas necessidades. Concebe um plano de ajuda aos missionários e o expõe às colegas operárias da fábrica onde trabalhava. Apresenta o plano ao vigário geral da diocese de Lião que lhe responde: “adiantaria mais você encontrar um bom marido ou entrar num convento...” Mas Paulina continuou sua obra com o grupo de amigas.
Reúne-se com as colegas operárias e rezam. Constituem-se, primeiramente, numa associação das Reparadoras. Unem-se a outras iniciativas semelhantes e fundam a Obra da Propagação da Fé, para ajudar, com a oração e esmolas, a obra da evangelização em todas as missões.
Esta Obra recebeu, desde o início, apoio dos Papas e foi acolhida pelos bispos em suas dioceses. O Papa Gregório XVI, na encíclica "Probe nostis" (1840), diz que é uma "Obra verdadeiramente grande e muito santa": Leão XIII, apoiou e contribuiu na difusão universal da Obras da Propagação da fé dedicando-lhe duas encíclicas: "Sancta Dei Civitas" (1880) e "Christi Nomen" (1894). Entre todas as Obras, diz Leão XIII, a Propagação da Fé "se destaca e brilha entre todas elas".
Pio X a qualificou como “eminentemente católica e a principal instituição para a dilatação do Reino de Deus”. Bento XV, na encíclica "Maximum illud" (1919), a primeira Carta magna da atividade missionária lança fundamentos sólidos para a missiologia. Apresenta oficialmente as 4 Obras e as recomenda aos bispos como a primeira Obra Missionária eficaz para ajudar todas as missões.
O caráter universal desta Obra grangeou muita simpatia, desde o início. Agora, como organismo oficial da Igreja para a cooperação missionária, abriu-lhe as portas de todas as dioceses, paróquias, movimentos e famílias cristãs.
É, porém, o Concílio Vaticano II que esta Pontifícia Obra Missionária, junto com as outras três, adquire a verdadeira importância, como instrumento local e prioritário da Papa, do Colégio Episcopal para a cooperação missionária da oração, da doação pessoal e das ajudas materiais para toda a Igreja.
Esta Obra inaugurou uma nova época misionária: a participação dos leigos na atividade missionária. Já não serão os governos dos países católicos quem sustentam as missões. Mas é todo o povo cristão, principalmente os pobres, os humildes, as crianças, os enfermos que cooperam espiritual e materialmente na ação missionária. Repete-se o que aconteceu no início da Igreja: todo o povo participava na difusão do Evangelho.
Pio XI, em 1922, no centenário da fundação desta Obra, por um Motu próprio transferiu sua sede de Lião para Roma, no Palácio da Propagação da Fé, constituindo-a como “organismo oficial da Santa Sé para a cooperação missionária, recolhendo as ofertas dos fiéis de todo o mundo e reparti-las entre todas as Missões”. Declara-a, junto com a Infância Missionária e a de São Pedro Apóstolo, Pontifícia.
O ESTATUTO
O Atual estatuto das Pontifícias Obras
Missionárias no Capítulo II fala da Pontifícia Obra da Propagação da Fé (Lyon –
França 06 de maio de 2005) Diz:
Art. 6. A Obra da Propagação da Fé, consciente de que a evangelização é sobretudo uma ação do Espírito Santo, promove entre os fiéis, em primeiro lugar a oração e o sacrifício pela missão.
Ela tem os seguintes objetivos:
- Formar o povo de Deus, para que tomem consciência de sua vocação missionária universal;
- Informar os cristãos acerca da vida e das necessidades das Igrejas em território de Missão, através do intercâmbio de notícias da com-participação de valores espirituais, de testemunhos de solidariedade nos momentos difíceis e o apoio moral e material nas adversidades;
- Incrementar entre as Igrejas Particulares a ajuda, quer espiritual quer material, com especial atenção ao intercambio do pessoal apostólico com vista à evangelização de todo Mundo;
- Promover as vocações missionárias ad gentes, em particular aquelas “para toda vida”;
- Favorecer a educação, especialmente dos jovens, na justiça , através da informação e do conhecimento da doutrina social da igreja, para encorajá-los à ajuda e realizar um sensibilização missionária que os leve à oferta de si mesmo a missão: com este fim, a obra dispõem para eles de um “serviço missionário de jovens”;
- Promover a solidariedade econômica, apelando à generosidade dos cristãos do mundo inteiro, com vista a elaborar um programa de justiça social e de assistência para promover, de forma regular, as necessidades essenciais de todas as Igrejas em territórios de missão.
Art. 7. A Obra desenvolve a sua atividade ao longo do ano inteiro, mas com maior intensidade durante o Mês de outubro. Este mês deve ser considerado em todos os países como o Mês da Missão Universal. O seu penútimo domingo, proclamado Dia Mundial das Missões, é o seu momento culminante. Este dia será celebrado em todas as Igrejas particulares como festa da catolicidade e da solidariedade universal. Neste dia os cristãos do mundo inteiro tomarão consciência de sua responsabilidade comum, perante a evangelização do mundo.
Art. 8. Para que o mês de Outubro forneça aos cristãos a ocasião de dar uma dimensão universal à sua cooperação missionária, e “a fim de intensificar o espírito missionário no povo cristão, recomendam-se orações e sacrifícios diários, de maneira que a celebração do Dia Mundial das missões seja uma espontânea manifestação daquele espírito (AG 36). Os Bispos são convidados a pedir aos responsáveis das obras católicas e aos fiéis, que renunciem, neste período, ás coletas de caráter particular. Os bispos e as conferencias epscopais redigirão diversas invocações em favor das missões, para depois as inserir na oração dos fiéis, durante a missa” Eles também deverão tomar as providencias para garantir que as coletas do Dia mundial das missões se destinem exclusivamente para os objetivos do Fundo Universal de solidariedade, e para incentivar os seus sacerdotes e leigos neste sentido.
Art. 9. Para assegurar o pleno desenvolvimento da obra os responsáveis procurarão o apoio de numerosos colaboradores e colaboradoras, especialmente através de associações e movimentos paroquiais ou provenientes também de outras organizações, e dar-lhes-ão a necessária formação. A POPF, como é da natureza de todas as obras, apela à colaboração de todos; os seus membros devem também ser os promotores do espírito universal missionário no próprio ambiente. Os responsáveis pela Obra, tendo em conta a realidade eclesial local poderão também avaliar a oportunidade de organizar, segundo a tradição, numa Associação constituída por membros filiados.
Art. 10. Todas as ofertas recolhidas pela Obra constituem o Fundo Universal de solidariedade da Obra da propagação da Fé.
Art. 6. A Obra da Propagação da Fé, consciente de que a evangelização é sobretudo uma ação do Espírito Santo, promove entre os fiéis, em primeiro lugar a oração e o sacrifício pela missão.
Ela tem os seguintes objetivos:
- Formar o povo de Deus, para que tomem consciência de sua vocação missionária universal;
- Informar os cristãos acerca da vida e das necessidades das Igrejas em território de Missão, através do intercâmbio de notícias da com-participação de valores espirituais, de testemunhos de solidariedade nos momentos difíceis e o apoio moral e material nas adversidades;
- Incrementar entre as Igrejas Particulares a ajuda, quer espiritual quer material, com especial atenção ao intercambio do pessoal apostólico com vista à evangelização de todo Mundo;
- Promover as vocações missionárias ad gentes, em particular aquelas “para toda vida”;
- Favorecer a educação, especialmente dos jovens, na justiça , através da informação e do conhecimento da doutrina social da igreja, para encorajá-los à ajuda e realizar um sensibilização missionária que os leve à oferta de si mesmo a missão: com este fim, a obra dispõem para eles de um “serviço missionário de jovens”;
- Promover a solidariedade econômica, apelando à generosidade dos cristãos do mundo inteiro, com vista a elaborar um programa de justiça social e de assistência para promover, de forma regular, as necessidades essenciais de todas as Igrejas em territórios de missão.
Art. 7. A Obra desenvolve a sua atividade ao longo do ano inteiro, mas com maior intensidade durante o Mês de outubro. Este mês deve ser considerado em todos os países como o Mês da Missão Universal. O seu penútimo domingo, proclamado Dia Mundial das Missões, é o seu momento culminante. Este dia será celebrado em todas as Igrejas particulares como festa da catolicidade e da solidariedade universal. Neste dia os cristãos do mundo inteiro tomarão consciência de sua responsabilidade comum, perante a evangelização do mundo.
Art. 8. Para que o mês de Outubro forneça aos cristãos a ocasião de dar uma dimensão universal à sua cooperação missionária, e “a fim de intensificar o espírito missionário no povo cristão, recomendam-se orações e sacrifícios diários, de maneira que a celebração do Dia Mundial das missões seja uma espontânea manifestação daquele espírito (AG 36). Os Bispos são convidados a pedir aos responsáveis das obras católicas e aos fiéis, que renunciem, neste período, ás coletas de caráter particular. Os bispos e as conferencias epscopais redigirão diversas invocações em favor das missões, para depois as inserir na oração dos fiéis, durante a missa” Eles também deverão tomar as providencias para garantir que as coletas do Dia mundial das missões se destinem exclusivamente para os objetivos do Fundo Universal de solidariedade, e para incentivar os seus sacerdotes e leigos neste sentido.
Art. 9. Para assegurar o pleno desenvolvimento da obra os responsáveis procurarão o apoio de numerosos colaboradores e colaboradoras, especialmente através de associações e movimentos paroquiais ou provenientes também de outras organizações, e dar-lhes-ão a necessária formação. A POPF, como é da natureza de todas as obras, apela à colaboração de todos; os seus membros devem também ser os promotores do espírito universal missionário no próprio ambiente. Os responsáveis pela Obra, tendo em conta a realidade eclesial local poderão também avaliar a oportunidade de organizar, segundo a tradição, numa Associação constituída por membros filiados.
Art. 10. Todas as ofertas recolhidas pela Obra constituem o Fundo Universal de solidariedade da Obra da propagação da Fé.
PROGRAMAS E ATIVIDADES PARA ANIMAR A
OBRA
Grupos Missionários
A Obra, desde o início, reúne seus membros em
grupos de 10 ou 12 participantes, que se comprometem a apoiar os esforços da
Igreja para levar a mensagem da salvação em Cristo a todos os povos da terra.
Cada grupo escolha um animador e se reúna uma vez
por mês. Sobre o conteúdo das reuniões mensais, observe-se o roteiro
estabelecido pelo Secretariado Nacional da Obra. Subsídios propostos pela
Igreja no Brasil ou pela comunidade diocesana e paroquial para tempos
litúrgicos especiais (Advento, Natal, Quaresma e Campanha da Fraternidade, Mês
da Bíblia, Mês das Missões...) poderão ser utilizados com proveito.
Quem não puder ou não quiser participar das reuniões
mensais poderá igualmente ser membro da Obra da Propagação da Fé, contanto que
esteja disposto a cumprir os quatro compromissos.
Aqui no Brasil temos presença destes grupos em três
dioceses do Paraná (Curitiba, Ponta Grossa e São José dos Pinhais). Veja mais, clicando aqui.
Juventude Missionária
É um serviço de animação missionária oferecido pela
Obra da Propagação da Fé, para despertar, avivar, formar e manter o espírito
missionário universal dos jovens e ajudá-los a realizar sua própria missão
local e universal.
A Juventude Missionária animada pelas Pontifícias
Obras Missionárias possui Metodologia, Perfil e Identidade próprios e distintos.
Foi a partir da caminhada da Infância Missionária que o processo foi “gestado”
e amadurecido, e hoje se torna uma opção de crescimento na caminhada
missionária de muitos jovens que querem viver a fundo a vocação principal do
batizado: Evangelizar! E, para o jovem que se dispõe a viver o Perfil e a
Identidade da JM/POM, a noção do termo “evangelizar” toma proporções
universais. O jovem aprende na teoria e na prática que a Missão não possui
nenhum limite, pois o missionário é chamado a ir além de todas a fronteiras: “Ide
pelo mundo inteiro e anunciai a Boa-Nova a toda criatura!” (Mc
16,15). Saiba mais...
Famílias Missionárias
A Obra da Propagação da Fé motiva também todas as
famílias a que sejam missionárias em seu ambiente e além-fronteiras. Suas
atividades estão concentradas em três frentes: no interior da família, no
ambiente geográfico em que atuam no dia a dia e além fronteiras.
Tem como objetivo promover a consciência da missão
universal nas famílias, como Igreja doméstica, despertando vocações
missionárias comprometidas com o anúncio do Evangelho e a favor da vida.
No Brasil iniciou-se no ano de 2012 a articulação
Nacional, desta forma estamos em implantação. Veja mais informações.
Enfermos e Idosos Missionários
É mais um serviço da Obra da Propagação da Fé,
estabelecido para associar os enfermos e os idosos que desejem oferecer suas
dores, orações, contribuições financeiras e sãs vidas pelas Missões, para
que também eles possam ser missionários mesmo em suas enfermidades ou
limitações.
O trabalho surgiu em 1928 do espírito missionário
de Margarita Godet. Esta mulher maravilhosa queria ser uma missionária, mas
estava impossibilitada pela enfermidade, então se ofereceu como enferma
missionária ao seminário de missões estrangeiras de Paris na França e assim no
silêncio e na humildade nasceu a União dos Enfermos
Missionários. Posteriormente este serviço se estende aos Idosos, chamando
de União de Enfermos e Idosos Missionários (UEIM)
O Brasil estamos dando os primeiros passos para uma
articulação nacional. Conheça mais o trabalho.
Dia Mundial das Missões
Outubro é o mês especialmente dedicado à Missão
universal. No seu penúltimo domingo, a Igreja Católica celebra o Dia Mundial
das Missões, como ponto culminante. Celebrado em todas as Igrejas locais, é a
festa da catolicidade e da solidariedade universal. Tem como objetivo principal
dar a conhecer a todos os católicos a atividade missionária da Igreja, em seu
mais amplo sentido, tanto evangelizador como de ajuda e promoção humana,
convidando todos a contribuir para o Fundo Mundial de Solidariedade para as
Missões, mediante a coleta que se faz anualmente neste Dia. Foi instituído em
14 de abril de 1926, pelo Papa Pio XI, a pedido do Conselho Superior Geral da
Obra da Propagação da Fé, e celebrado a partir de 1927. Clique aqui para saber mais sobre o Dia Mundial das Missões e a Campanha Missionária.
COMPROMISSO DOS MEMBROS
1. Rezar todos os dias
pelas Missões.
2. Oferecer algum
sacrifício no decorrer do dia pela evangelização.
3. Contribuir
financeiramente cada mês para suprir as necessidades missionárias da Igreja.
4. Formar e alimentar seu
espírito missionário pela leitura de publicações missionárias (revistas,
boletins, sites...), apoiando e divulgando a imprensa missionária.