Hoje, 09 de janeiro, celebramos o dia
da venerável Paulina Jaricot, fundadora da Pontifícia Obra da Propagação da Fé.
Conheça a história e testemunho desta jovem francesa que, em seu tempo, se
preocupou com o mundo, mas não esqueceu sua realidade local.
Nascimento
Paulina Jaricot nasceu em Lyon (França)
no dia 22 de julho de 1799, em uma família de proprietários de uma fábrica de
seda e profundamente religiosa. Cresceu no centro de Lyon, entre as paróquias
de Saint-Nizier e Saint-Polycarpe e, subsequentemente, aos pés da colina de
Nossa Senhora de Fourvière.
Sua infância foi feliz, gozando da
afeição e da fé viva de seus pais e de seus irmãos e irmãs mais velhos. Suas
visitas ao Santíssimo Sacramento e a Comunhão frequente concedem-lhe logo cedo
uma intimidade com o Senhor.
Na adolescência, ela passa a buscar os
prazeres, as coisas mundanas, a elegância e se desvia de Deus até que um sermão
sobre a vaidade a toca profundamente dando origem a uma verdadeira conversão.
1816 Paulina aos 17 anos
Ela decide consagrar sua vida ao
Senhor. Permanecendo leiga, faz voto de castidade na Capela de
Nossa Senhora de Fourvière no Natal de 1816. Desde então, sua vida será
sempre uma ascensão a Deus. Ela investe suas energias na oração, na Eucaristia,
na realização de diversas ações caritativas universais, sem distinção de
pessoas.
Alma abrasada, mulher ativa, apóstola
incansável, ela toma iniciativas audaciosas em serviço da evangelização e da
justiça social sem deixar de desenvolver a vida de oração.
Entre 1819 e 1820, junto de amigas
operárias e outros, reunidos em busca de uma vida de oração e de caridade, ela
imagina uma coleta feita de mão em mão a fim de se providenciar recursos para
as missões. Ela põe em prática um método baseado no sistema decimal: formar grupos
de 10 pessoas, em que cada membro buscaria outras dez e assim por diante. Este
plano ganharia espaço em todo o mundo e se tornaria a Associação da Propagação
da Fé, criada no dia 3 de maio de 1822.
Em 1826, em resposta às
necessidades espirituais de seu tempo, Paulina Jaricot cria o Rosário Vivo. Ela
adota um modelo semelhante ao da Propagação da Fé: 15 pessoas, 15 mistérios
(hoje, 20 mistérios desde que o Papa João Paulo II incluiu os mistérios
luminosos); cada membro recita uma dezena do rosário meditando, sob a
intercessão de Maria, um dos mistérios da vida de Nosso Senhor; o mistério é
sorteado por uma “zeladora” responsável do grupo.
À sua morte, o número de membros na
França já era cerca de 2.250.000. O Rosário Vivo se disseminou por todo o mundo
até nossos dias.
Em 1845, Paulina visa a
colocar em prática um plano de evangelização da classe operária.
“Estando a chaga social da França no
aglomerado da classe operária, eu gostaria de transformar este mesmo aglomerado
em um caminho da Salvação… Em uma palavra, gostaria de devolver o esposo à
esposa, o pai ao filho e Deus ao Homem”.
Ela compra uma usina com a intenção de
gerenciá-la sob um modelo cristão. Um dos prédios serviria de moradia às
famílias e, ao lado, se encontraria uma escola e uma capela. Ela confia a usina
à gestão de pessoas desonestas. A obra não poderia continuar. Ela perde toda a
sua fortuna e passa o resto de seus dias na miséria, pedindo esmolas para
reembolsar suas dívidas. Esta seria uma sua grande cruz.
Em 1861, a doença no coração
se agrava.
Sua íntima união com o Senhor e sua
humildade lhe permitiriam exercer o perdão.
“Uma pobre que só há Deus por amigo,
só Deus por auxílio… mas Deus basta”.
No dia 9 de janeiro de 1862, Paulina morre em
sua casa em Loreto.
Paulina Jaricot alimentou sua energia
em serviço da evangelização na união com Deus. Ela nos engaja a agir, nutrida
pela contemplação, na intimidade com Cristo na Eucaristia.
Oremos para que, promovida à honra dos
altares, seu exemplo possa servir para toda a Igreja. Leão XIII disse: “Pela
sua fé, confiança, força de espírito, docilidade e aceitação serena de todas as
cruzes, Paulina mostrou-se uma verdadeira discípula de Cristo” (excerto de
13 de junho de 1881).
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