O dia 3 de dezembro, a Igreja no mundo celebra a memória
de São Francisco Xavier que em 1925, juntamente com Santa Terezinha do Menino
Jesus é foi proclamado pelo papa Pio IX, Padroeiro das Missões. Ele foi
beatificado em 25 de outubro de 1619 pelo papa Paulo V e canonizado pelo papa
Gregório XV a 12 de março de 1622, simultaneamente com Santo Inácio de Loyola.
Espanhol
de Navarra, Francisco nasceu no castelo de Xavier em 1506. Juntou-se ao grupo
de Santo Inácio quando foi estudar em Paris, França. Cofundador da Companhia de
Jesus (Jesuítas), foi um missionário incansável que evangelizou na Índia,
Indonésia e no Japão durante dez anos, convertendo muitos à fé. Foi à China,
mas não pode entrar. A Igreja considera que Francisco seja o missionário que
mais converteu pessoas ao Cristianismo desde o Apóstolo São Paulo.
Ao longo de sua peregrinação missionária, Xavier escreveu
várias cartas, nas quais ele narra os lugares que conheceu, e os desafios da
Missão. “Viemos por povoações de cristãos que se converteram há uns oito anos.
Nestes sítios não vivem portugueses, por a terra ser muitíssimo estéril e
extremamente pobre. Os cristãos destes lugares, por não terem quem os instrua
na nossa fé, somente sabem dizer que são cristãos”.
Francisco
também fazia apelos. “Muitos deixam de se fazer cristãos nestas terras, por não
haver quem se ocupe de tão santas obras. Muitas vezes me vem ao pensamento ir
aos colégios da Europa, levantando a voz como homem que perdeu o juízo e,
principalmente, à Universidade de Paris, falando na (Universidade de) Sorbona
aos que têm mais letras que vontade para se disporem a frutificar com elas”.
Missões
A primeira ação missionária de São Francisco Xavier aconteceu no dia 20 de
setembro de 1543, na costa oeste do sul da Índia, a norte de Cabo Comorim,
local que os portugueses chamavam de Costa de Pescaria, onde a prática da pesca
era muito popular. Essa prática não era bem aceita pela religião hindu. O
cristianismo quando chegou ao lugar foi receptiva, pois além de aceitar a
profissão tinha como um de seus símbolos o peixe, além de alguns de seus
apóstolos que depois tornaram-se “pescadores de homens”. Em 1545 foi à
portuguesa Malaca. Partiu dali para as ilhas de Amboino, onde permaneceu até
meados de junho de 1546. Ainda no mesmo ano e em 1547, Francisco trabalhou nas
ilhas Molucas, cavando os alicerces de uma missão permanente. Após partir da
região, o seu trabalho foi continuado por outros missionários. Na década de
1590, já havia em torno de 50 e 60 mil católicos na região.
Mapa
das viagens de São Francisco Xavier
No ano de 1548, o missionário retorna à Índia onde passa
os próximos 15 meses de sua vida. Alguns portugueses consideram que o seu
estilo de vida não é cristão. Chegaram a querer impedir o seu trabalho
missionário, então, ele decide ir para o sudeste. No ano seguinte visita Cantão
na China. Foi acompanhado pelo padre Cosme Torres, Angiró, pelo irmão João
Fernandes e por outros dois homens japoneses que estudaram em Goa.
Em
julho de 1549 Francisco alcança o Japão. Este foi um dos países mais difíceis
para o missionário conseguir explicar e implantar o Cristianismo. Xavier foi o
primeiro jesuíta a ir lá em missão. A limitação foi a língua japonesa que era
diferente de todas as outras que conhecia até então. Para ajudar, levou consigo
algumas pinturas da Virgem Maria e da Virgem com Jesus. Os japoneses, no
entanto, não se revelaram pessoas de fácil convencimento, mas com o tempo a
missão de Francisco Xavier foi considerada frutuosa. Ele estabeleceu
congregações em Hirado, Yamaguchi e Bungo e escreveu um livro em japonês sobre
a criação do mundo e a vida de Cristo. Fica ali até 1551.
Mais uma vez na Índia
Em Goa, Xavier ocupa-se de enviar para as regiões da Índia grupos de novos
jesuítas recém-chegados ao país com o objetivo de fundar missões. Ele também
dirige o Colégio de São Paulo, em Goa, que formava catequistas e padres
asiáticos, promovendo também a tradução de livros religiosos para as línguas
locais.
São
Francisco Xavier morreu em 3 de dezembro de 1552 tentando entrar
clandestinamente na China.
Fonte: pom.org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário