quarta-feira, 4 de maio de 2011

“Somos católicos, por conseguinte não devemos sustentar esta ou aquela missão em particular, mas todas as missões do mundo”.


Queridos Propagadores da Fé, hoje 03 de maio celebramos os 189 anos da Pontifícia Obra Propagação da Fé, poderia muito bem tecer algumas palavras sobre esta pontifícia onde está inserida a juventude, as famílias, idosos e enfermos missionários ou contar a história, mas isso nós sempre fazemos em nossos encontros.

Assim, achei interessante ressaltar estas palavras a respeito da pontifícia e da fundadora que o hoje Beato João Paulo II dizia em seu discurso no encerramento da assembléia plenária das Pontifícias Obras Missionárias em 15 de Maio de 1997 em Roma.

"(...) Este ano o vosso encontro coincide com dois importantes aniversários: o 175° aniversário de fundação da Pontifícia Obra da Propagação da Fé e o 75° aniversário do Motu Proprio Romanorum Pontificum, com o qual o meu venerado predecessor, Papa Pio XI, concedeu o título de «Pontifícias» às Obras da Propagação da Fé, da Infância Missionária e de São Pedro Apóstolo. E estou certo de que a celebração destas duas singulares datas contribuirá para incrementar no Povo de Deus o empenho missionário.

É tradição já consolidada o fato de cada ano se realizar, durante o mês de Maio, a vossa Assembléia geral. Este ano, em recordação da fundação da Obra da Propagação da Fé, quisestes realizar uma especial sessão pastoral, detendo-vos na figura e na obra de duas mulheres extraordinárias: a Venerável Maria Paulina Jaricot e a Padroeira das Missões, Santa Teresa do Menino Jesus.

A primeira, jovem leiga nascida em Lião em 1799, teve particularmente a peito os problemas das missões católicas do seu tempo. Pertencente a uma associação fundada pelos Padres das Missões Estrangeiras de Paris, foi pioneira da cooperação missionária organizada. Com efeito, com as operárias da fábrica de seda, administrada pela sua irmã e pelo seu cunhado, propôs-se a ajudar as Missões por meio da oração e de um pequeno óbolo semanal.

Inspirando-se nessa iniciativa, que mereceu à Venerável Maria Paulina o título de fundadora da Obra da Propagação da Fé, no dia 3 de Maio de 1822 um grupo de leigos conferiu à associação para a Propagação da Fé um caráter mais universal. Animados por uma caridade sem confins, afirmavam: «Somos católicos, por conseguinte não devemos sustentar esta ou aquela missão em particular, mas todas as missões do mundo ». Precisamente por isto escolheram como mote: «Ubique per Orbem», mais tarde assumido pela Obra da Propagação da Fé e pelas outras Obras Missionárias.

Caríssimos Irmãos e Irmãs! Maria Paulina, jovem atenta à voz do Espírito, antecipou profeticamente quanto o Magistério pontifício e o Concílio Ecumênico Vaticano II ressaltariam em seguida, evidenciando o caráter missionário do inteiro Povo de Deus e a contribuição específica que os leigos são chamados a oferecer à atividade evangelizadora da Igreja.

A exemplo desta mulher corajosa, hoje sois chamados a promover uma colaboração cada vez mais fraterna entre as Igrejas, suscitando e formando numerosos colaboradores para a causa missionária. Sabei infundir neles a paixão pelo anúncio do Evangelho e o desejo de sustentar o empenho das jovens Igrejas. Esta cooperação será eficaz, se for incessantemente sustentada pela oração, pelos sacrifícios e pelo anélito constante à santidade. Só neste clima de tensão espiritual e apostólica, ela poderá pôr as condições para o desenvolvimento de numerosas vocações missionárias e para o apoio generoso às atividades missionárias".

Portanto, a todos que se dedicam nas atividades que é proporcionada pela Propagação da fé, vale também para nós estas palavras sejamos estes jovens, famílias, idosos e enfermos atentos a ação do espírito Santo a sempre colaborar e promover a fraternidade entre as Igrejas. Que a interseção do beato João Paulo II possa suscitar colaboradores para a causa missionária.

Pe. Marcelo Gualberto Monteiro
Secretário Nacional da Pontifícia Obra Propagação da Fé

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